Comentando ironicamente a nota do BlueBus: "E o Huffington Post criou um
fundo para jornalismo investigativo" (notícia colada lá embaixo)
Certa vez a Puc-sp promoveu um tema "da moda": ongs e terceiro setor.
Muito otimismo e tal, mas ironizei que se precisávamos de ongs para
fazermos coisas decentes, daqui a pouco íamos precisar de ongs para
estudar e trabalhar.
"olá, poderia estar trabalhando desonestamente, mas estou aqui pedindo
ajuda para nossa ong"
"olá, vocês podem ajudar um mendigo, mas então ajudem também um
universitário a estudar"
Era uma ironia, mas quem diria, já surgiram alguns sinais: Acabaram de
criar uma ong para jornalistas investigativos trabalharem. Antigamente
eles trabalhavam nas empresas e pronto, agora pedem ajuda para sustentar o
ofício.
Se é assim, sugiro o próximo passo: criar uma ong para universitários
estudarem.
Jornalistas, universitários... de ajudar a sociedade passou-se para o lado
que pede ajuda.
Dizem que capitalismo se sustenta a si próprio (supondo para
sustentabilidade, estudantes e jornalistas decentes), outros propõe o
modelo keynesiano onde universitários decentes saem de universidades
públicas. Como os dois modelos estão recebendo críticas, talvez a saída
seja capitalismo cheio de ongs para isso e aquilo.
Para dar um passo além: dizem que a classe média em si está diminuindo.
Proponho então a nossa preservação assim como preservam o costume de
algumas tribos e comunidades, ou seja, declarando essa cultura um bem,
patrimônio da humanidade.
Já pensou que legal? A comunidade da classe média passa a ser um
patrimônio a ser preservado. Seus membros estudavam na USP ou Puc?
Subsidia-se para que esse costume seja preservado. Ao se formarem
conseguiam ser jornalistas investigativos? Dá-se um jeito para que esse
costume não desapareça.
http://www.bluebus.com.br/show/2/92314/e_o_huffington_post_criou_um_fundo_para_jornalismo_investigativo
Noticia do Blue Bus - 04/09/09
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